De ferro a fogo a alma adormece...Um outono que à margem do inverno com cheiro a primavera se retira...Um palpitar...um aperto solto em cores do amor...um pensamento, uma flor...Onde o fim acaba e o inicio principia...dia um, dois e mais um dia...estórias de glória bravias como a magia...perguntas e certezas...frágeis como a àgua...que deslizam ao som de quem se controla, de quem se teme e não se procura...Pelo tempo com um relógio atarefado intermitente...quebrado até pela corrente de chamas que permeiam pelo vazio de um sonho branco...Uma parede pintada...cor mesclada...estrelas com cheiro sôfrego...respirar...ficar sem ar...andar...recuar...sem medo...só andar...Tulipas e campos em verde agreste...acreditar...sim é essa a palavra...como uma pena se confia ao vento...como uma nuvem que se deita no céu...como uma alma se rende a um corpo...como um sorriso se entrega ao coração...sem pensar...abrir a mão...soltar a voz...deixar ir o momento...sem tempo...abraçar a sorte...agora para amanhã não ser tarde...sentir como está presa a liberdade...mas ter a certeza que acreditar é a palavra certa...que se te deixares ir sentirás como sopra o vento de uma primavera...esperar que o sangue aqueça as veias...esperar que o respirar se torne impaciente...deixar o coração num estranho palpitar...sorrir...abraçar pela primeira vez e simplesmente mergulhar no "mundo do acreditar"...
Pandora
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