quarta-feira, setembro 20, 2006

Para os meus amigos do peito...

Acordo de manhã olho-me ao espelho e pergunto-me "Quantos amigos tenho?" Desço os olhos até às minhas mãos e logo fico com a certeza que os dez dedos seriam mais que suficientes para os contabilizar...
Acho que caímos muito neste erro de contar os amigos...Sabemos que os amigos, aqueles do peito que já nos viram chorar e nos pediram para sorrir, esses estão em todo o lado, acompanham o nosso pensamento, ouvem os nossos murmúrios, aceitam os nossos defeitos, compreendem a nossa raiva, sabem o que sofremos,conhecem a nossa desilusão, ajudam-nos a levantar e deixam de ser o que são para passarem a ser o nosso refúgio, os nossos olhos, os nossos ouvidos e até os nossos pés...Quando um amigo falha porquê repreendê-lo? Será que ele não se sentiu só fraco e quem está a falhar somos nós porque nos preocupamos mais com o nosso próprio umbigo? Será que a nossa vida não passa por esse altruismo subtil de não esperar recompensa, não esperar sempre um abraço, não esperar sempre uma palavra reconfortante? Agrada-me que os meus amigos sejam capazes de me surpreender com palavras rudes, alegra-me que me chamem à atenção, alegra-me que se entristeçam comigo e me digam mas acima de tudo alegra-me essa relação tempetuosa que não mais é que uma relação humana com as suas claridades e sombras...É bom acordar de manhã e pensar que não estaremos sozinhos, que apesar das circunstâncias o que passamos não vai ser esquecido será só revivido...Cresceremos entre as nossas montanhas mas saberemos onde nasce o sol...Nós somos isto...Somos carne, fraqueza, felicidade, fragilidade,defeitos, virtudes mas somos tudo isto porque mesmo que nos sintamos desiludidos com alguns, sabemos que os verdadeiros amigos estão lá a sorrir e à espera de uma memória para toda a vida... E sabem que mais? Não vale a pena contar os amigos, eles não nos deixam tempo para desconfiarmos da sua existência, são o nosso eco mesmo quando o nosso mundo caí sobre os nossos pés...E voçês sabem disso...
Uma nota para uma hora morta
Pandora

3 comentários:

João Ferreira disse...

É verdade!
Não é preciso contar os amigos. O importante é podermos contar com eles quando ganhamos ou perdemos, quando sorrimos ou choramos, quando estão ou não... enfim, na verdade, os amigos não aparecem... estão. Estão sempre no nosso coração mesmo estando longe.
Lembra-te da canção do amigo (Shalom)
Um amigo não está sempre de acordo, não diz sempre sim mas tem uma mão aberta, o coração aberto onde tu podes entrar e sair...
Bjocas

Anónimo disse...

Sem palavras.....
É mesmo isso.....amigos...
não precisas de os contar...
Qdo menos esperas eles estao ao teu lado....
Beijokas e muitas felicidades linda!!!
Adoro-te!!!

Anónimo disse...

mai nada.....dot