quinta-feira, julho 06, 2006

Poema Ridículo

Há um frio que escorre pela parede do meu quarto…
Há um amontoado de cartas velhas sobre uma mesa quadrada de ferro verde que permanecem esquecidas…
Uma caixa de livros escritos por várias vozes…
Um quadro pintado num momento de luxúria…
Uma estante de CD’s que guardam as músicas da minha vida…
Há como seria de esperar, uma história infantil num quarto de tons rosa…
Um jardim mágico de sonhos onde escrevo, onde vivo e revivo por segundos…
Onde em quase ou por momentos há uma clausura inerte onde todos se prendem numa noite amargurada …
Sou voz, sou frio, chuva…às vezes sol e estrela, sou eu na minha plenitude de existência numa ausência de vida…
Sou em sem o ser, sou um livro branco que se escreve por segundos de tempo ancorado em águas do atlântico…
Quando dou por mim observo tudo o que em que de fora de mim se coloca…
Observo com os olhos que um dia vêem, outros se calam e quando acordo tudo continua intacto, voando pelo tempo.
Há ainda um frio que escorre pelas paredes do meu quarto…
Há um amontoado de cartas velhas” tão ridículas como o amor”…
Tudo parece intacto…porquê?
Porque afinal nós nem sempre estamos onde estamos e a vida é este livro de frases soltas que nos saem do coração…

Fiquem bem...

Uma nota para uma hora morta

Pandora...

1 comentário:

Luís disse...

Um dia, à muitos anos atrás, observei a posição da minha vida da perspectiva do meu quarto...passamos tanto tempo no nosso quarto, quase que ele sabe mais de nós que nós próprios, choramos, rimos estudámos...um dia mostro-te o que naquela noite escrevi nas quatro paredes de um longínquo quarto..bjs