"Untitled"

Honoré de Balzac antes de entrar em coma disse: "Oito dias com febre! Poderia ter escrito mais um livro"...

Sabes, entristece-me quando olho à minha volta e o que vejo não são mais que rostos diferentes a lutar pelo menos nada.

Às vezes pergunto-me porque vives a vida tão à vontade, porque não corres atrás de alguma coisa, de algum sorriso, de alguma gaivota, ou até mesmo atrás daquilo que sejas capaz de imaginar?

Quantas vezes permaneces nesse mundo de nostalgias e medos?

Quantas vezes sentes um arrepio de saudade e o confundes com frio?

Tu sabes que muitas...

Muitas são as vezes em que te fechas numa casinha de papel e ficas à espera que o vento venha para a levar, porque afinal ja a construiste a pensar que esse seria o seu desfecho?

Acho que a vida é um risco...sim é verdade...

Mas também acho que o medo de arriscar nos leva a muitos lados incluindo a lado nenhum.

Acho que a atitude, não é passarmos os dias maus à espera que cheguem os bons. Desta forma só conseguiremos permanecer à sombra de muitos minutos que poderiam vir a ser memoráveis.

Todos nos sentimos cobardes, é claro...Todos temos momentos de euforia e de tristeza...

Todos falhamos e nos arrependemos por não termos arriscado mais vezes.

Mas um dia depois do outro, ensina-nos que as casas de papel podem ser resistentes ao vento, dependendo do sitio onde a constrois, porque nada sobrevive independente de nada.

Podes acordar e sentir um arrepio, lembra-te dele, assume os teus medos e lentamente sorri.

Aprende do zero, tal como o Principezinho, admira-te com as ovelhas, vê o amor com olhos da raposa e corre atrás da flor tal como ele fez, que arriscou dar um passo num planeta de lições para toda a vida.

Aproveita cada instante para escreveres o livro da tua vida e não esperes para viveres porque para Balzac foi tarde. E afinal o tempo nunca chega...

E tal como A. Saint-Exupéry nos diz: " É que as coisas mais importantes são muitas vezes invisíveis para os olhos- só com o coração é que podemos vê-las!"

É esta a lição que nos conduz a vida...

Uma nota para uma hora morta...

Pandora